A Lumiar se vê e se define como uma Escola Inovadora.
A expressão “Escola Inovadora” precisa ser esclarecida. O fato de que a Lumiar se vê e se define como “escola” (e não como outro tipo qualquer de instituição) impõe a ela um certo tipo de natureza institucional, do qual ela não pode fugir: a Lumiar se vê e se define como um ambiente de aprendizagem formal. Isso significa não só que ela tem alunos que vêm até ela para aprender, mas também que ela tem uma proposta clara do que é que esses alunos podem e devem aprender, em situações de aprendizagem formalmente estruturadas, enquanto estiverem na escola, e que assume a responsabilidade de conseguir que aprendam.
(Não resta dúvida de que os alunos, mesmo enquanto na escola, também aprendem, e bastante, em situações de aprendizagem não-formais, simplesmente convivendo uns com os outros, com os educadores, com os mestres, com a direção da escola, com os recursos materiais de aprendizagem disponibilizados pela escola, como livros, computadores, Internet, etc.).
Se o ser escola identifica o que a Lumiar tem em comum com outras instituições congêneres, o ser inovadora aponta para sua “diferença específica”, isto é, para aquilo que a diferencia de outras escolas.
A escolha do termo “inovação”, neste contexto, é extremamente significativa.
A Lumiar não se vê e define como parte de um movimento de (mais uma) reforma da escola ou da educação escolar. Uma reforma é um processo de mudança que, em geral, tenta mudar uma instituição, ou por incremento (acrescentando-lhe componentes, aspectos ou funções, como, por exemplo, quando se procura promover a introdução maciça da tecnologia digital na escola), ou por substituição (substituindo por outro um dos atuais componentes da instituição escolar, como por exemplo, o currículo, ou a metodologia, ou a forma de avaliação, ou até mesmo a forma de gestão). Reformas, portanto, normalmente são incrementais ou parciais – e dificilmente avançam além da forma presente da instituição – i.e., além do paradigma pedagógico que a escola adota.
A Lumiar se vê e se define como parte de um movimento de transformação da escola. Transformar, no caso, significa ir além da forma presente, mudando o paradigma (sem, no entanto, perder a sua natureza essencial de ambiente formal de aprendizagem). O câmbio de paradigma se dá na medida em que a Lumiar busca mudanças sistêmicas, isto é, que não são parciais (afetando apenas um dos componentes da instituição escolar), e transformativas, isto é, que não são incrementais (acrescentando componentes novos a uma estrutura não adequada para absorvê-los ou até mesmo incapaz de fazê-lo).
Por que a Lumiar opta por essa alternativa radical de transformar, e, assim, reinventar a escola em vez de abraçar a alternativa menos contundente de reformá-la?
A educação, aí incluída a educação escolar, não se dá num vácuo: ela acontece num contexto histórico-social – que inclui elementos culturais, políticos, econômicos, e tecnológicos (cuja importância não é necessariamente a da ordem em que esses termos são aqui listados). Quando esse contexto se altera, é inevitável que a educação, em especial a escolar, se altere também (apesar da inevitável resistência de seus principais agentes, os profissionais da educação). Quando o contexto se altera drasticamente, a transformação ou reinvenção da educação escolar se torna inevitável.
Deixando a educação temporariamente de lado, ilustro com dois exemplos de outras áreas.
Desde tempos imemoriais um homem andando a cavalo era a única forma de transmitir mensagens entre emissores e recipientes localizados em lugares distantes. Cerca de cento e cinqüenta anos atrás, na segunda metade do século XIX, foi criado, nos Estados Unidos, um sistema profissional para transmitir mensagens por esse meio: o Pony Express. Usando rotas mais curtas do que uma diligência podia fazer (pois a diligência tinha de seguir as estradas), e usando homens e montarias cada vez mais selecionados, o Pony Express alcançou a notável proeza de entregar uma mensagem de uma costa à outra dos Estados Unidos em apenas dez dias (velocidade quase tão rápida quanto a do Correio Brasileiro de poucos anos atrás). Mas o contexto mudou: o telégrafo e a estrada de ferro se esparramaram pelos Estados Unidos, unindo Leste e Oeste, Norte e Sul. Num contexto assim, mudanças incrementais e parciais no Pony Express, o sistema de entrega de mensagens vigente, não seriam suficientes: não adiantava arrumar homens que conhecessem rotas ainda mais curtas e montarias que corressem mais rápido e resistissem mais tempo correndo. O modelo estava condenado: tinha de ser transformado em algo diferente, que fizesse uso do telégrafo e da estrada de ferro. E foi o que aconteceu. Qualquer mudança que ficasse aquém disso estava fadada ao fracasso. Hoje o Pony Express tem interesse apenas histórico.
Outro exemplo, parecido, era o do barco a vela Clipper como meio de transporte (não como esporte). Nada tão eficiente (e lindo!) havia sido inventado até então. Por um tempo, o Clipper foi sendo aperfeiçoado com mudanças parciais e incrementais de modo a ficar mais rápido e eficiente. Mas havia um problema que não era possível resolver com esse modelo: quando faltava vento, a navegação era impossível. Por isso, a utilidade do modelo era limitada. Quando surgiu o barco a vapor, o modelo teve de ceder lugar. Mudanças parciais e incrementais não iriam manter o Clipper competitivo com o novo meio de transporte: apenas uma mudança radical no modelo, que o transformasse e reinventasse os meios de transporte pela água, tinha condições de ser bem sucedida. E foi o que aconteceu.
No caso da escola, chegamos ao ponto em que mudanças parciais e incrementais também não funcionam mais. É preciso pensar em mudanças sistêmicas e transformativas. A Lumiar é uma tentativa de promover essas mudanças. Elas abrangem currículo, metodologia e avaliação – mas não só: abrangem também a visão da educação, da aprendizagem, e do papel da liberdade e da autonomia na aprendizagem e no processo de tomada de decisão dentro da escola. Nesse processo, até mesmo as funções dos profissionais que atuam dentro da escola precisou ser redefinida.
Vejamos quais são os principais elementos da Proposta Pedagógica da Lumiar.
A. Visão da Educação
A Lumiar vê a educação como um processo de desenvolvimento mediante o qual o ser humano, que nasce incompetente e dependente, se torna um adulto competente e autônomo e, no devido tempo, alcança realização pessoal. Esse processo é indispensável para a sobrevivência não parasítica do ser humano – mas vai além disso. O ser humano tem uma natureza relativamente aberta, que lhe permite definir, em grande medida, o que ele deseja fazer de sua vida, isto é, o que ele quer se tornar como ser humano. É por isso que seres humanos podem definir ou escolher projetos de vida e alcançar realização pessoal que vai além da simples sobrevivência.
Embora nasçam incompetentes e dependentes, os seres humanos nascem com uma incrível capacidade de aprender: é isso que torna a educação possível.
A educação se dá fora da escola, durante a vida toda. Mas a escola pode ser um ambiente de aprendizagem importante, se organizado de forma coerente com os princípios aqui detalhados.
B. Visão da Aprendizagem
Aprender não é simplesmente absorver e acumular informações: aprender é tornar-se capaz de fazer o que antes não se conseguia fazer. Essa visão da aprendizagem faz com que aprender seja algo eminentemente ativo (interativo, colaborativo, etc.), relacionado acima de tudo ao fazer – não a um fazer mecânico, em que apenas o corpo participa e a mente não tem lugar, mas um fazer consciente, decorrente de tomada de decisão intencional e orientado por propósitos livremente escolhidos.
Nessa visão, aprender, num contexto escolar, não é algo que os professores produzem nos alunos, mas é um savoir-faire que os alunos ativamente constroem – admitidamente, não sozinhos, mas interagindo com os professores e o ambiente e colaborando com seus pares.
C. O Currículo
O currículo é o conjunto do que os alunos podem e devem aprender na escola.
Essa formulação, contendo esses dois verbos que claramente não são sinônimos, já deixa entrever que o termo “currículo” tem, no contexto da Lumiar, um sentido duplo.
De um lado, o currículo, em seu sentido mais lato, contém uma lista ampla, organizada, por “megacompetências”, das competências, com as respectivas sub-competências e habilidades, que a escola, como ambiente de aprendizagem formal e estruturado, espera poder oferecer aos seus alunos ao longo dos anos que permanecerem na escola. Nesse sentido mais amplo, o currículo é o conjunto daquilo que o aluno pode aprender na escola.
Não faz o menor sentido esperar que todos os alunos – ou mesmo alguns dos alunos – venham a aprender tudo o que a escola, como ambiente de aprendizagem rico e flexível, oferece. Mas faz todo sentido definir que algumas coisas todos os alunos devam aprender – e até mesmo que todos os alunos devem desenvolver algumas competências em todas as áreas (megacompetências) em que se organizam as competências.
De outro lado, portanto, e em decorrência do que acaba de ser dito, o currículo, em seu sentido mais estrito, é o sub-conjunto das competências, sub-competências e habilidades que cada aluno, devidamente orientado pelos seus pais e pelo seu conselheiro na escola, e tendo em vista seus interesses, talentos e, oportunamente, projeto de vida, deve desenvolver. Dadas as diferenças individuais de talentos e interesses, e a diversidade possível e real de projetos de vida, o sub-conjunto de competências de que cada aluno resolve se valer pode ser único para cada um dos alunos. Isso “despadroniza” o currículo pessoal e introduz escolha e, por conseguinte, liberdade na estrutura curricular.
D. A Metodologia
A metodologia de aprendizagem adotada pela Lumiar é uma metodologia ativa: a Lumiar parte do pressuposto de que a melhor forma de aprender é agindo, fazendo, transformando projetos em realidade. É assim que se aprende a viver – isto é, a transformar um projeto de vida em realidade. A metodologia da Lumiar é, portanto, uma metodologia de projetos de aprendizagem.
Essa metodologia se sustenta no princípio de que há várias formas de aprender o que é preciso aprender. Uma criança aprende a falar, em geral numa idade pré-escolar, sem ter aulas de fala que a ensinem que a fala consiste na emissão de sons que sejam identificáveis com palavras que têm sentido, que a emissão de sons se dá controlando a passagem de ar pela boca (e, em parte, pelo nariz), que há sons labiais, dentais, guturais, nasais, etc. A criança aprende a falar fazendo outras coisas, ou seja, envolvendo-se em projetos para os quais o falar é essencial ou importante. Ela vê os adultos e outras crianças falando uns com os outros, conclui que falar deve ser “um barato”, resolve que vai falar também, começa imitando alguns sons dos adultos e criando outros que só ela sabe o que significam, sendo auxiliada e corrigida mas recebendo apoio e incentivo – até que ela consegue dizer uma série de coisas importantes para ela, primeiro de forma imperfeita, cuja compreensão exige enorme boa vontade dos adultos, mas, no devido tempo, de forma cada vez mais aperfeiçoada.
A metodologia de projetos de aprendizagem se sustenta também em outro princípio: o de que o melhor projeto é aquele no qual a criança tem interesse e no qual se engaja com prazer. Isso não quer dizer que a criança só aprende quando está se divertindo. Significa, isto sim, que a criança deve ver o sentido daquilo que ela está fazendo e entender a sua contribuição para a sua aprendizagem e o seu desenvolvimento. Crianças conseguem concentrar sua atenção em tarefas bastante difíceis e mesmo penosas se compreendem que aquelas tarefas contribuem para o aprendizado de algo que consideram importante. Basta prestar atenção em uma criança aprendendo a nadar, ou a andar de bicicleta, ou a dominar os passos do balé, ou a praticar no piano ou no violino para concluir que ela é capaz de feitos impressionantes de aprendizagem por processos e atividades difíceis e penosos – desde que esteja convencida de que aqueles meios levam a objetivos que ela quer alcançar.
A metodologia de projetos de aprendizagem se sustenta, ainda, em um terceiro princípio: ao aprender uma coisa, freqüentemente aprendemos também outras. Uma criança pode se dedicar, por algum tempo (semanas ou mesmo meses) a estudar algo bastante específico, como, por exemplo, a questão se existe homossexualidade entre, digamos, os papagaios. Para responder a essa indagação ela observa papagaios e outros pássaros semelhantes (araras, maritacas, periquitos), lê tudo o que encontra sobre o assunto, conversa com outras pessoas, especialmente com biólogos e veterinários, pensa e reflete, e, oportunamente, chega a uma conclusão. Ao mesmo tempo em que se dedicava a essa questão, porém, ela estava aprendendo a fazer pesquisa, a procurar respostas para questões cuja resposta é desconhecida, estava aprendendo a: coletar informações, organizar informações, analisar e avaliar informações, inferir outras informações a partir de um conjunto dado de informações, chegar a conclusões, apresentar suas conclusões de forma ordenada e persuasiva, etc. Ou seja, trabalhando num projeto sobre “Homossexualidade entre as aves”, ou mesmo num projeto mais estreito, “Podem os papagaios ser homossexuais?”, ela desenvolveu uma série de competências e habilidades que vão lhe ser extremamente úteis pelo resto de sua vida.
A Lumiar não é, como veremos adiante, uma escola libertária, laissez-faire, que deixa os alunos à sua própria sorte na escolha dos projetos que vão desenvolver. Ela é proativa e propõe aos alunos uma gama de projetos pelo menos a cada bimestre. Esses projetos terão focos específicos, mas em todos eles os alunos poderão aprender muito mais do que o consta do foco específico de cada projeto. Um projeto pode ter como foco específico a criação de maquetes de argila. Mas sua execução envolve criar uma maquete da região onde está situada a escola e, assim, os alunos têm de aprender a observar e conhecer o seu ambiente físico, a medi-lo, a representá-lo em três dimensões, etc.
Mas, como disse atrás, há mais de uma maneira de aprender determinada coisa. Assim, há razoável redundância nas competências e habilidades que podem ser desenvolvidas nos diferentes projetos. E é isso que permite que os alunos escolham os projetos de que vão participar – mas não o façam sozinhos, mas, sim, com a ajuda dos pais e dos educadores da escola. O registro de seu itinerário de aprendizagem – seu Portfólio de Aprendizagem – sempre mostrará as lacunas que ainda existem no seu aprendizado, e, com base nele, pais e educadores se engajarão no trabalho educativo de mostrar ao aluno a importância de aprender isso ou aquilo, cientes de que há vários projetos diferentes em que o aluno pode desenvolver as competências e habilidades de que carece.
Como no caso do Currículo, aqui também há, de um lado, a lista dos projetos que a escola propicia aos alunos, e, de outro lado, a lista, bem mais restrita, dos projetos que cada um cursou, ou se comprometeu a cursar.
E. A Avaliação
A avaliação constante e permanente dos alunos é parte essencial do trabalho da escola. Os alunos são avaliados ao entrar na escola, dentro da escola são avaliados dia-a-dia e semana-a-semana (a “Roda” tem uma função educativo-avaliativa), são avaliados nos projetos, são avaliados ao final do bimestre, são avaliados ao final do ano… É pela avaliação que se constata se estão aprendendo, se estão se desenvolvendo nos múltiplos aspectos em que consiste o seu desenvolvimento.
F. Os Profissionais da Escola
Além do corpo diretivo, do pessoal de apoio e dos estagiários, a Lumiar tem dois tipos de profissionais com funções claramente pedagógicas: os educadores e os mestres.
Os educadores (tem se procurado outra designação para a função) trabalham na escola em tempo integral e têm a função de coordenar e supervisionar os alunos. Cada educador tem sob sua responsabilidade um certo número de alunos, em relação aos quais ele atua como orientador e mentor. É função dos orientadores fazer a avaliação geral de cada um dos alunos sob sua responsabilidade ao final de cada bimestre e no final do ano.
Os mestres (também aqui se tem procurado outra designação) são responsáveis pelos projetos e coordenam sua execução. A eles cabe articular os projetos com a Matriz de Competências e avaliar os alunos que contrataram seus projetos.
A Escola Lumiar, assim, desdobra entre dois profissionais as funções que são atribuídas a um só – o professor – na escola tradicional.
G. A Forma de Gestão
A Escola Lumiar se vê e se define como uma escola democrática.
É preciso, em primeiro lugar, distinguir uma escola democrática do que pode ser chamado de escola libertária. Na maioria das escolas que se definem como libertárias (Summerhill, Sudbury Valley, etc.) há:
- Há uma série de regras e normas, explicitamente aceitas pela comunidade como um todo em assembléia geral, que regulam o comportamento de todos, alunos, professores e “staff”;
- As regras e normas só são aprovadas se forem coerentes com o princípio de que se deve preservar o maior espaço possível para a liberdade de ação de todos, só sendo vedadas ações que causam danos a terceiros ou que violam seu direito a uma liberdade equânime;
- Qualquer presunção de danos a terceiros ou de violação de direitos é analisada em assembléia, geral ou dos próprios alunos, e os responsáveis podem ser punidos;
- No tocante à aprendizagem, há total liberdade para aprender, que inclui a liberdade de não aprender;
- Os mestres e o “staff” da escola só intervêm na aprendizagem dos alunos quando explicitamente solicitados a fazê-lo pelos alunos;
- A gestão da escola é feita de forma coletiva, em assembléias, de que participam, com direito a voto, todos os alunos (inclusive os menores), professores e “staff”.
A Lumiar se pretende uma escola democrática, não libertária, porque ela acredita que uma instituição que pretende se rotular de escola não pode ser, em relação à aprendizagem dos seus alunos, puramente reativa, esperando que eles solicitem sua intervenção. Ela tem de ter uma proposta pedagógica mais propositiva (menos negativa, menos laissez-faire do que a das escolas libertárias), como a que foi esboçada atrás. Ela se propõe, como já visto, a disponibilizar para seus alunos as seguintes contribuições substantivas:
- Um currículo, no caso a Matriz de Competências;
- Uma metodologia, no caso a Metodologia de Projetos de Aprendizagem;
- Um corpo de profissionais, no caso os mestres, que oferecem projetos de aprendizagem nos quais os alunos podem desenvolver suas competências e habilidades;
- Um corpo de profissionais, no caso os educadores, que ativamente participam da vida dos alunos, orientando-os, aconselhando-os, servindo como mentores;
- Participação dos pais na orientação dos filhos, junto com os educadores, na escolha dos projetos de aprendizagem que devem contratar;
- Mecanismos de avaliação sistemática e periódica dos alunos pelos mestres e pelos educadores.
Dentro desse contexto, a Lumiar tem como princípio respeitar a liberdade de aprender dos alunos. Isso significa que se um aluno decide que não quer fazer um projeto, depois do aconselhamento pelos educadores e pelos pais, essa decisão é respeitada. Além disso, se um aluno contratar um projeto, e, posteriormente, concluir que o projeto não era o que ele esperava ou que, por alguma razão, não deseja mais participar dele, a presunção de que contratos devem ser honrados pode ser derrotada se as razões e considerandos do aluno forem julgados procedentes.
No que tange à disciplina, a Lumiar tem, como as escolas libertárias, regras claras que proíbem os alunos de agir violentamente contra outras pessoas, de interferir com seus direitos, e de danificar propriedade, alheia ou dele mesmo. O mecanismo da “Roda”, já mencionado, permite que alunos que não se comportarem segundo essa expectativa tenham seu comportamento analisado, avaliado, e, se necessário, punido, pela assembléia dos alunos.
Em outros aspectos (planejamento estratégico, recursos humanos, orçamento e finanças, administração de recursos materiais) a gestão da Lumiar está nas mãos de um corpo diretivo e de funcionários técnicos e administrativos contratados para esse fim.
Transcrito em Salto, 20 de Setembro de 2007 (texto elaborado de Maio a Agosto de 2007)
Parabéns! Realmente isso representa uma mudança. Quero conhecer mais detalhes do projeto.Osmar Dalla Costa (osmardallacosta@hotmail.com)
Para ser republicado e apreciado pelo maior número de pessoas possível. Perfeito !
Parabenizo a todos pela proposta. Lendo o texto me ocorreu a seguinte dúvida: quando o aluno não quer contratar um projeto o que ele faz na escola?
Grata